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2012 - Livro Vermelho 2013

Eleocharis barrosii Svenson LC

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 17-05-2012

Criterio:

Avaliador: Pablo Viany Prieto

Revisor: Miguel d'Avila de Moraes

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Espécie com ampla distribuição no território brasileiro.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: ;

Família:

Mapa de ocorrência

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Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Caracteriza-se pelo pequeno porte (3-10 cm), espiguetas de 2-4 mm prolíferas ou não, glumas superiores membranáceas subdísticas, cerdas hipóginas ausentes ou rudimentares, estilete trífido, aquênios trígonos de 0,6 mm de compriment, estilopódio plano com um pequeno apículo no centro (Trevisan; Boldrini, 2008).

Distribuição

Ocorre na Bolívia, Paraguai, norte da Argentina e Brasil, nos Estados do Ceará, Pernambuco, Paraíba, Bahia, Rio de Janeiro e Santa Catarina (Luceño et al., 1997; Trevisan; Boldrini, 2008).

Ecologia

Herbácea perene, presente em restingas e vegetação próxima a lagoas. Fértil de maio a dezembro, sendo polinizada pelo vento.

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes No decorrer do processo de ocupação das terras pelo colonizador português, diversos tipos de atividades destruidoras se destacaram a eliminação das matas de Pernambuco, tais como a defesa dos colonos contra os ataques constantes de indígenas as queimadas durante as frequentes lutas dos colonizadores contra indígenas, a construção de estradas, barragens, vilas, cidades, mineração, etc. E a derrubadas destinadas ao desenvolvimento da pecuária bovina extensiva e agricultura (canaviais, cafezais, mandiocais, etc). A substituição da Mata Atlântica pela cultura da cana a partir do período colonial representa a principal causa do processo de degradação desse bioma, agravando-se com o pro-álcool, em 1974. O que restou da floresta continua a ser devastada e consumida para usos diversos, além do intenso e desordenado processo de ocupação de sua área de ocorrência. Dados de 2010 relatam que dos 9.929.608 ha de Pernambuco coberto por Mata Atlântica, apenas 229.272 ha são remanescentes do bioma (SOS Mata Atlântica; INPE, 2011).

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes ​ Restrita ao longo da costa brasileira, a vegetação sobre a restinga está sob intensa pressão da ocupação humana e conseqüente alteração da paisagem original (Mantovani, 2003, Rocha et al.,2004 apud Brizzotti et al.,2009). Os ecossistemas de restinga vêm sendo degradados desde a colonização e encontram-se reduzidos a pequenas manchas remanescentes (Mantovani, 2003 apud Brizzotti et al., 2009), constituindo o conjunto de ecossistemas dos mais ameaçados do domínio fitogeográfico Mata Atlântica (Brizzotti et al., 2009). A restinga consiste em uma comunidade de plantas que ocorre no litoral, e inclui praias e dunas. Devido a seu solo arenoso e solto, as restingas são altamente vulneráveis ao impacto antrópico. Uma grande porcentagem já foi destruída pela mineração, pelo desenvolvimento imobiliário e pela agricultura ( Aguiar et al., 2005). A vegetação da restinga é geralmente mais densa e baixa do que outros tipos de vegetação florestal da região, o que faz dela uma fonte de madeira e lenha muito apreciada para residências ou pequenas indústrias (Aguiar et al., 2005).

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: Citada como 'Vulnerável" VU na Lista Vermelha da flora ameaçada de São Paulo (SMA-SP, 2004).

Referências

- MANTOVANI, W. Degradação de biomas brasileiros. Universidade de São Paulo, 2003. 367-436 p.

- AGUIAR, A.P.; CHIARELLO, A.G; MENDES, S.L. ET AL. Os Corredores Central e da Serra do Mar na Mata Atlântica brasileira. In: GALINDO LEAL, C.; CÂMARA, I.G. Mata Atlântica: Biodiversidade, Ameaças e Perspectivas. Belo Horizonte, MG: Fundação SOS Mata Atlântica; Conservação Internacional Brasil, 2005.

- TREVISAN, R.;BOLDRINI, I.I. O gênero Eleocharis R. Br. (Cyperaceae) no Rio Grande do Sul, Brasil. Revista Brasileira de Biociências, v. 6, n. 1, p. 7-67, 2008.

- LUCEÑO, M.; ALVES, M.V.; MENDES, A.P. Catálogo florístico y claves de identificación de las ciperáceas de los Estados de Paraíba y Pemambuco (nordeste de Brasil). Anales Jard. Bot. Madrid, v. 55, n. 1, p. 67-100, 1997.

- SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE, SÃO PAULO. SMA-SP. RESOLUçãO SMA N. 48 DE 2004. Lista oficial das espécies da flora do Estado de São Paulo ameaçadas de extinção, Diário Oficial do Estado de São Paulo, São Paulo, SP, 2004.

- SOS MATA ATLÂNTICA, INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS. Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica Período 2008-2010, São Paulo, 2011.

- BRIZZOTTI, M. M.; FARIA, M. B. B. C.; OLIVEIRA, A. A. Atlas dos remanescentes dos ecossistemas de restinga do complexo estuarino lagunar de Iguape, Ilha Comprida e Cananéia, litoral sul do Estado de São Paulo: resultados preliminares. INPE, 2009.

Como citar

CNCFlora. Eleocharis barrosii in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Eleocharis barrosii>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 17/05/2012 - 20:01:25